Como estudar para concursos: PARTE I

Olá, concursando (a), como vão os estudos? Inicio de ano é interessante, chove escritos sobre como estabelecer e cumprir metas no ano que se inicia e por ai vai. Bem, resolvi quebrar essa regra e escrever algo sobre, talvez, o maior pecado capital que vejo concursandos (as) cometerem. Refiro-me à pergunta do tema deste artigo.
        Trata-se de um questionamento que todos nós, concursandos, deveríamos fazer! Ocorre que a realidade não é essa. É muito comum ver concursandos “enfiando” a cara nos livros e apostilas (de boa qualidade – os cursos PDF- espero) sem ter domínio algum de técnicas de estudo eficientes e sem quaisquer preocupações com a qualidade do estudo em si. Estudar é diferente de ler uma revista passatempo ou aquela leitura prazerosa, isto é, descompromissada com a memorização e aprendizado em si.

          Se você está no salão de beleza ou no cabeleireiro lendo uma revista, enquanto espera o atendimento, caso alguém pergunte o que você está fazendo, certamente a resposta será: “estou lendo esta revista (matéria tal)” e não “estou estudando esta revista (matéria tal)”.   Isso quer dizer que o estudo para concursos públicos é uma atividade cujo objetivo consiste em entender, aprender e memorizar (algo bem diferente de decorar) a matéria.

ESTUDO NÃO É SIMPLESMENTE LEITURA!

Simples não é? Pena que a maioria ignora isso.Muitos não sabem o que é uma revisão bem como redigir resumos.
         Vou ser mais especifico. Ao estudar controle de constitucionalidade ou qualquer outro conteúdo do seu concurso, por exemplo, você seria capaz de dar uma aula sobre o tema e exemplificar cada ponto específico? Sim, ok, houve aprendizado! Não? Então você não aprendeu a matéria. Percebeu a diferença? Não saber estudar é, sem dúvidas, o maior pecado capital que os concursandos cometem! Não é surpreendente o fato de que pelo menos 95% (estou sendo bonzinho com a estatística) dos que se submetem a um certame público são apenas número, não são concorrentes sérios, não disputam uma vaga para valer.  Assim sendo, aqui vai a pergunta de um milhão de dólares:

 

VOCÊ SABE ESTUDAR?

 

          Quando faço essa pergunta aos concursandos, eles pensam um pouco e … dizem: bem eu faço assim e… assim. Então indico dois ou três livros sobre técnicas de estudos para aperfeiçoamento  (ACESSE UM POST EM DICAS DE LIVROS COM OS LIVROS QUE MAIS RECOMENDO). É quando meus cabelos caem com a próxima pergunta que quase sempre ouço:

 

ESSES LIVROS SÃO CAROS?

Dá uma vontade danada de responder com aquele famoso brocardo de Derek Bok: “se você acha que educação é cara, experimente a ignorância”, fazendo uma adaptação: “se você acha que o preço do conhecimento que dois ou três ótimos livros, sobre técnicas de estudo, lhe darão, experimente a ignorância de não saber estudar”.  Ou seja, como diz uma frase erroneamente atribuída a Albert Einstein: “Insanidade é continuar fazendo sempre a mesma coisa e esperar resultados diferentes”. Se eu tivesse que te dar um conselho, neste início de ano, sem dúvidas seria:

 

APRENDA  ESTUDAR DE FORMA EFICIENTE!

 

       Orison Swett Marden, certa feita, escreveu que os seres humanos mais bem-sucedidos da história foram homens e mulheres de concentração, que bateram na mesma tecla até conseguirem realizar seu propósito. Os homens e mulheres bem-sucedidos de hoje são os que possuem uma ideia básica essencial; um objetivo resoluto; são homens e mulheres de propósito único e intenso. (…) todo grande homem se tornou notável, todo homem de sucesso triunfou na proporção em que concentrou seus poderes em um canal específico. [1]
Isso é o que se denomina foco e concentração. Ocorre que ter foco e concentração não basta. Se você não souber como fazer, provavelmente não irá muito longe nesse mundo dos concursos. Como diz Michael Jordan: os fundamentos foram a parte mais crucial do meu desempenho na NBA. Tudo o que fiz e conquistei está relacionado ao modo como lidei com essas técnicas e como as apliquei de acordo com as minhas habilidades. São os pilares que fazem com que tudo o mais funcione. Não importa o que você esteja fazendo ou tentando realizar – não deve ignorar os fundamentos se seu objetivo é ser o melhor. (…) E daí se você é capaz de decorar um livro inteiro para fazer uma prova? Você realmente aprendeu alguma coisa?  [2]
       Não dominar técnicas de base (fundamentos) é, como diz o próprio Jordan, (…) como se alguém estivesse tão empenhado em compor uma obras prima que não se desse ao trabalho de aprender a escala musical. E não dá ´para fazer uma coisa sem saber a outra. [3]
        É como querer disputar os 50 metros livre, nos Jogos Olímpicos, com o César Cielo sem saber nadar corretamente.
Vince Lombardi estava certíssimo: “A qualidade de vida de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu compromisso para com a excelência, independentemente de sua área de atuação”.
      Para ter um desempenho de excelência, precisamos dispor de metas claras, padrões desafiadores, feedbacks regulares e concentração total. Também necessitamos conhecer o sucesso gradual e ter a sensação de que estamos expandindo nossas capacidades a um novo nível. [4]
Sem dúvidas, tem poder quem age, e mais poder ainda quem age certo. (…) a única coisa que pode tirar alguém da zona de conforto é a ação direcionada. Direcionada para suas metas, seus objetivos e seus desejos. [5]
        César Cielo cita algumas características comuns aos campeões [também dele]: competitivo, adora um bom desafio e não gosta de perder. E quem não gosta de perder treina mais, trabalha duro e busca motivação para, no fim de tudo, obter resultados. [6]
       Se você quer ser um bom condutor do seu navio, precisa dominar as técnicas de navegação, é simples assim. No próximo texto continuaremos a falar sobre essa problemática.

 

Bons estudos!

 

Antes de pagar o preço de aprender as disciplinas, pague o preço de como aprender a aprender as disciplinas.

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REFERÊNCIAS
[1] TRACY, Brian. O ciclo do sucesso: como descobrir suas reais metas de vida e chegar aonde você quer. Trad. Cissa Tilelli Holzschuh. São Paulo: Gente, 2013, p.50-51.
[2] JORDAN, Michael. Nunca deixe de tentar. Trad. Claudio Figueiredo. Rio de Janeiro: Sextante, 2009, p. 65.
[3] __________, Michael. Nunca deixe de tentar. Trad. Claudio Figueiredo. Rio de Janeiro: Sextante, 2009, p. 66.
[4] TRACY, Brian. O ciclo do sucesso: como descobrir suas reais metas de vida e chegar aonde você quer. Trad. Cissa Tilelli Holzschuh. São Paulo: Gente, 2013, p.59.
[5] VIEIRA, Paulo. O poder da ação: faça sua vida ideal sair do papel. São Paulo: Gente, 2015, p.44.

[6] Disponível em: <http://www.cesarcielo.com.br/home/?page_id=47> Acesso em 07/01/15. 

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