Como estudar para concursos: PARTE II

Olá, concursando (a), esta é a segunda parte do artigo “você sabe estudar?”. Se você não leu a primeira parte, recomendo que acesse o post anterior e o leia, irá facilitar muito o entendimento como um todo!

        Pois bem, se você já sabe como estudar e ainda assim não nota progresso expressivo, o grande desafio é:

 

VERIFICAR O QUE ESTÁ DANDO ERRADO E CORRIGIR

 

       São coisas óbvias, mas quase sempre deixamos passar pequenos detalhes que fazem grandes diferenças nos resultados minando nossa competitividade. Se você quer ser um vencedor, no mundo concurseiro, deve levar seriamente em consideração os fatos sobre quem você é. (…) existem também diferenças na sua história de vida, experiências, emoções, sonhos, medos e pensamentos. [1]
        O que quero dizer é que cada um tem suas zonas de conforto e mais ou menos dificuldades para sair delas, trata-se de um grande desafio. Cada um tem mais ou menos facilidade para criar novos hábitos saudáveis, está mais ou menos disposto a encarar as mudanças para melhor, com bons olhos e motivação.
       Aprender a aprender é a essência do sucesso em qualquer coisa que façamos. O aprendizado demanda tempo, domínio de técnicas, estratégias, planejamento, obstinação (insistência) pelo querer saber cada vez mais o conteúdo do seu concurso (dedicação de forma correta é a alma do crescimento). Livros sobre técnicas de estudos não são gastos, mas fontes do aprendizado que você levará pelo resto da vida (são o mapa para o cargo dos seus sonhos, portanto invista neles). Ler corretamente, dominar técnicas de resumo e revisões, técnicas de resolução de questões, plano de estudos (quadro horário e ciclo), plano de revisão, mapas mentais, fichas, flash cards, monitoramento de desempenho e técnicas de concentração tornarão você um exterminador de provas de concursos. Para tudo isso há técnicas que levarão você ao próximo nível. Veja o que pensa Alexandre Meirelles (o papa dos concursos fiscais): Colega, não sou gênio, com certeza absoluta, então qual foi meu diferencial em relação aos demais candidatos, uma vez que estudei muito menos horas que milhares deles? Foi saber como estudar, organizar-me, ter disciplina, utilizar técnicas para memorizar melhor, saber escolher bons materiais de estudo etc. Enfim, saber “como estudar para concursos”. [2]
       Assuma um compromisso de excelência com os seus estudos, e excelência em qualquer coisa é fazê-la da forma certa e eficiente. Se ainda não sabe estudar, tire alguns dias só para dominar técnicas de estudo e mergulhe de cabeça nelas.

 

NÃO É PERDA DE TEMPO, É INVESTIMENTO!

 

 

       Se seus estudos não estão rendendo, pare e corrija o erro. Tudo na vida demanda tempo, custo, quantidade e qualidade (o que não é mensurado – medido – não pode ser melhorado). Uma palavra chave para erros como esses acima é BASTA. Descubra quais são seus comportamentos limitantes, em matéria de estudos, e livre-se deles o quanto antes. Implemente estratégias corretas, agregue hábitos saudáveis aos seus estudos com planejamento e tenha consistência.
      No fundo, isso é capacidade de autoconhecimento, um dos cinco pontos chaves de inteligência emocional descrito por Daniel Goleman. Só para você ter uma ideia disso, o QI reponde por cerca de 20% do sucesso de uma pessoa, os 80% restantes incluem inteligência emocional e outros fatores como comportamento, nível educacional, estado mental (não acredita? Veja a lógica a seguir: Pensamento gera sentimento —- Sentimento gera comportamento —- comportamento gera resultado. Essa premissa foi observada por Aristóteles em 384 a.C e significa que nosso estado interno, a maneira como você pensa, pode interferir diretamente em seus resultados. [3]

 

       Pois é, o poder do agir de forma correta é a chave para a porta do seu sucesso nos concursos. Eliminar esses erros é tão importante quanto estudar por ótimas fontes, de nada adiante ter a ferramenta e não saber manuseá-la. Busque o estudo com sucesso e excelência. Sane suas falhas antes de partir para os livros. Afinal de contas, como bem disse Machado de Assis: “esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito”. Ou seja, mudanças são necessárias.
       Um último detalhe: o grau de concentração, aprendizagem e qualidade de retenção pela memória está intimamente relacionado com a forma como encaramos o ato de estudar. (…) Nunca comece uma jornada de estudo sem antes dar a si mesmo um bom motivo para se empenhar inteiramente nela. [4]
       Finalmente, reflita com carinho sobre o que escrevi aqui, pois na vida, muita gente sabe o que fazer, mas poucos são aqueles que realmente fazem o que sabem. Saber não é o bastante. É preciso que você entre em ação. [5]
     Afinal de contas, estamos falando do seu futuro e a pessoa mais importante desse processo de crescimento é VOCÊ.

 

 

 

Resumo:

 

1 – Estudar não é grifar, isso é apenas localização daquilo que é mais importante para você. Estudar é a ação que leva o conteúdo pelo caminho livro —– cérebro ——- resumo. Ou seja, faça um resumo mental de cada parágrafo (livro —- cérebro), em seguida escreva o resumo (cérebro —- resumo). Não há estudo sem que a informação passe antes pelo cérebro e seguidamente é convertida em resumo escrito (não há estudo sem produção de material de revisão);

 

2- Faça revisão de todo o conteúdo após cada sessão de estudo;

3 – Resolva questões após cada sessão de estudo;

4 – Descanse de 10 a 15 minutos;

5 – Parta para a próxima disciplina;

6 – Dia seguinte revise o que estudou no dia anterior (nunca passe mais de 24h sem revisar, caso contrário você terá de reestudar tudo novamente);

7 – Resolva questões de prova da banca examinadora do seu concurso;

8 – Monitore seu desempenho;
9 – Faça fichas e mapas mentais dos principais pontos da disciplina;

 

10 – Revise seu plano de estudo frequentemente.

 

Bons estudos!

 

Antes de pagar o preço de aprender as disciplinas, pague o preço de como aprender a aprender as disciplinas.

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REFERÊNCIAS

[1] SPACKMAN, Herry. A bíblia do vencedor. São Paulo: Fundamento, 2015, p.4.
[2] MEIRELLES, Alexandre. Como estudar para concursos. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2011, p.18-19, grifos do autor.
[3] ALVES, Renato. O cérebro com foco e disciplina. São Paulo: Gente, 2014, p.88, grifos do autor.
[4] __________, Renato. Os segredos dos gênios: manual de orientação para professores e estudantes. 2ª ed. São Paulo: Humano, 2006, p.32-33.
[5] ROBBINS, Anthony. Desperte seu gigante interior. Tradução: Haroldo Netto, Pinheiro de Lemos. 25ª. ed. Rio de Janeiro: Best Seller, p.27.

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